fevereiro 12, 2007

"Sorriso Feliz"


Um sorriso sem cáries pode fazer a diferença entre um posto de trabalho e o desemprego. Por isso o Sorriso Feliz vai até às crianças levando-lhes informação sobre higiene oral, até como forma de prevenir uma futura inserção social.

O silêncio só é quebrado pelas palavras do Doutor Dentolas que, na televisão, leva os miúdos numa viagem pela Terra. O inimigo chama-se placa bacteriana, uns monstrinhos verdes que procuram avidamente qualquer sítio para se esconderem dentro da boca de meninos europeus, africanos ou asiáticos. Informar é o primeiro passo dado pela equipa do Sorriso Feliz no sentido da sensibilização aos cuidados de higiene oral. A população alvo são as crianças que têm dificuldade de acesso a esclarecimentos sobre o assunto. O intuito é que cheguem a adultos com uma dentição sã e que esta não seja factor de exclusão social.
“É importante que as crianças sejam sensibilizadas desde muito cedo para os cuidados a terem com a sua boca”, afirma Eloísa Teixeira, psicóloga educacional que com Elsa Silva, higienista oral, constituem a equipa de trabalho da unidade móvel do Sorriso Feliz. Por esse motivo fazem intervenções e palestras desde berçários até ao fim do primeiro ciclo. “Na maior parte dos casos as pessoas não imaginam sequer que a higiene oral deve ser feita desde que a criança ainda não tem dentes”, continua Eloísa. “Passar-lhes com uma compressa nas gengivas após a ingestão da papa é mais do que suficiente para convencer qualquer mãe”.

O Sorriso Feliz é um dos programas da Legião da Boa Vontade (LBV). Fundada há 56 anos no Brasil, a LBV chega a Portugal em 1989 fazendo na altura um trabalho pioneiro no apoio directo de rua aos sem-abrigo através da Ronda da Caridade. Com os anos, outras valências foram sendo implementadas. Surgem programas como Um Passo em Frente, destinado a diagnosticar dificuldades sentidas por indivíduos em risco, apoiando-os no sentido de ultrapassarem os problemas; a Semente da Boa Vontade, que consiste no atendimento em regime de ATL (Actividades de Tempos Livres) a crianças e adolescentes mais desfavorecidas e, desde há cinco anos, o Sorriso Feliz que, em alturas de Natal ou Dia da Criança adquire características do programa Semente da Boa Vontade ao fazer festas e oferecer prendas à miudagem.

Um autocarro doado pela Carris, com a cooperação de empresas e particulares transformado em ludoteca e consultório dentário, serve de apoio a este programa e constitui o rosto mais visível do Sorriso Feliz. Três vezes por semana e até fazerem o rastreio dentário a todos os alunos, o autocarro estaciona junto de cada escola que pede a sua colaboração. Além do ensino de uma forma lúdica, “o que fazemos é observar a boca de cada criança, proteger-lhes os dentes em bom estado com selantes, dar-lhes flúor e informar os pais sobre o estado oral do filho”, explica Elsa. Nos casos em que haja necessidade de intervenção médica, ela é facultada de forma gratuita, conduzindo a criança para clínicas privadas com as quais a LBV tem acordos. Já no Centro Infantil São Gerardo, na Cova da Moura, a equipa da LBV intervém sob a forma de excepção. É Maria José Moreno, coordenadora do São Gerardo quem explica: ”a LBV começou por tratar dos dentes dos nossos meninos no autocarro”. Posteriormente, o acordo entre as duas instituições foi renovado e “concordámos em que fosse um programa contínuo. Ofereceram-nos um escovário, com as gavetinhas, para cumprir todas as normas para que as escovas não se juntassem e, a partir daí, além de nos ensinarem a escovagem aos meninos, começaram a tratar dos dentes a nível de verem as cáries existentes”. A miudagem colabora, leva ensinamentos para casa e até reclamam quando pensam que não vão lavar os dentes após a refeição.
Sol #22 - 09 Fevereiro/2007

fevereiro 04, 2007

Golo a galope


A selecção portuguesa é vice-campeã da Europa na modalidade, mas nem por isso o Horseball é conhecido do grande público. Este é um desporto à conquista de adeptos e de patrocínios: jogar à bola a cavalo. Pura adrenalina, diz quem sabe.

O dia amanhece luminoso, sol a secar a humidade nocturna. Pelas queixas no camião ao lado, a noite anterior foi gelada. Os mais velhos procuraram aquecer-se pelas tasquinhas da Golegã; os mais novos, e únicos acordados àquela hora, enrolaram-se em mantas, após a disputa das meias-finais da Taça de Portugal de Horseball. Quase a culminar onze meses de campeonatos, o Sporting Clube de Portugal/Centro Equestre João Cardiga (SCP/CEJC) ganhou ao Cascais Horseball (CH) num jogo sem história. Por sua vez, o Horseball Club - Colégio Vasco da Gama (HC-CVG) venceu o Clube de Horseball de Alenquer (CHA).
HC-CVG e CHA regressam juntos às boxes, em discussão que raia a cavaqueira. Cláudio Oliveira, do CHA, promete oferecer as rédeas do seu cavalo a um dos adversários: “não as largavas!”. Pedro Santos, também do CHA, comenta ter ficado uns minutos sem visão por conta do braço de Marco Happel, do HC-CVG, duramente esticado para a bola. “Mas não perdi nada de interessante, pois não?”, o humor corrosivo de Pedro a perguntar. Aparentemente, além dos golos, o HC-CVG vencera também em faltas cometidas. “Onde está o van Uden?” é Pedro Serrano, capitão de equipa do CHA, quem se aproxima em demanda. Encontra o adversário, toca-lhe subtilmente no braço, ri-se, ar de puto traquina, apesar dos seus 30 anos: “foi muito bem feita, não foi?”. Só no dia seguinte havíamos de perceber, Serrano cometera uma falta apenas perceptível pelos dois jogadores. João van Uden, sorri: “foi um toque genial, serviu de aprendizagem”. E nem uma ponta de irritação por uma falta que o árbitro não viu? “Não. Talvez até algum orgulho. Significa que constituí perigo para um jogador mais velho e muito mais experiente do que eu”, assunto rematado por van Uden.

Dedicação, aos cavalos e à equitação, é a principal característica dos elementos de todas as equipas. Precisamente por isso, os horários de tratamento dos animais impõem-se sempre aos dos humanos. Com ou sem incursões nocturnas pelas ruas da Golegã, oito da manhã é hora de tratamento dos bichos. Equipas completas, elementos escalados ou tratadores habituais estão lá, para dar cumprimento ao ritual da ração e da água, que os cavalos não se compadecem com os vícios do homem. A equipa do HC-CVG, é a madrugadora. Nota-se que o espírito de grupo lhes é intrínseco: “é natural, foram assim habituados desde miúdos”, justifica a veterinária do clube, Eduarda Paisano. “Se não forem capazes de conviver juntos fora do campo, não conseguem estar unidos em jogo”. Pedro Santos também lá está. É ele quem chama “ganda maluco” a van Uden, e prende a focinheira da égua quando João aparece a montar em pêlo e cabeçada solta, comentando sozinho: “se ela se lembra de arrancar, estou feito”.
Sem equipamentos não parecem adversários. Encostam-se às boxes em troca de opiniões e experiências. Zé João Campeão aparece com uma forquilha cheia de palha. “Onde é que foste buscar isso?”. Veio das boxes do CH. No dia anterior, enquanto esperava pela chegada dos cavalos, João Maria Fernandes, do CH, advertira: “se perdermos, vamos imediatamente embora”. E foram. Da presença da equipa restavam palha e feno nas boxes abandonadas.
Menos de voltar as costas a derrotas, a equipa do CHA mantém-se no terreno. Instalados na zona das boxes, eles são o melhor exemplo do espírito amador da modalidade. Apenas têm o que Serrano designa de “paitrocinador” – Manuel Serrano, o pai, facilita o alojamento dos animais - e só com muito entusiasmo o calendário das competições é cumprido. Com o camião dos cavalos trouxeram carrinhas, sacos-cama, mesa, cadeiras e frigorífico. Durante três dias, é ali que vivem, verdadeiros anfitriões entre os horseballistas. Necessite-se de forquilha, escova ou dois dedos de conversa, é junto ao CHA que se vai buscar. Descontraído, Pedro Serrano acumula as funções de treinador e capitão da equipa. “Não é o melhor, mas ainda não conseguimos encontrar ninguém cujo espírito conjugue com o nosso”, conta. A curiosidade aumenta. Que espírito é esse? “Estamos aqui para nos divertirmos”. Deve ser verdade ou Natália Simões, a única mulher da equipa, não percorreria 120 kms três vezes por semana, para ir treinar a Alenquer tendo um dos clubes concorrentes ao título à porta de casa.
“Isto é um hobby, sem divertimento não valia a pena”, afirma Pedro. Um hobby onde quem não tem apoios, naturalmente, paga. “Mas não é tão caro como muitas pessoas pensam. Praticar karting, por exemplo, não sai mais barato”, diz enquanto se balança na mini-mota de um apoiante da equipa. Em termos médios, a manutenção de um cavalo para prática de horseball poderá custar perto de 200 € mensais.

O horseball continua a ser uma disciplina absolutamente amadora e a sua pouca visibilidade não tem atraído patrocínios de monta. A maior parte dos jogadores e técnicos continua a ter de se articular entre os inevitáveis compromissos profissionais e a prática de uma modalidade que apenas lhes acarreta despesas. Por outro lado, se o número de praticantes é suficiente para manter os vários campeonatos, já a ausência de uma carreira de árbitros de horseball pode levantar alguns problemas. A solução encontrada foi a de cada equipa fornecer o nome de uma dupla de jogadores que passam a constar de uma listagem aprovada pela Comissão Técnica de Arbitragem. Apesar de o sorteio estar previsto, a escolha dos árbitros é feita pelo Responsável de Arbitragem, lugar sujeito a eleição pela Associação de Jogadores de Horseball. Ou seja, a avaliação de cada jogo é feita por elementos de outras equipas, concorrentes no mesmo campeonato do jogo que arbitram. Não é difícil de adivinhar as não raras situações de acusação de favorecimento do árbitro a esta ou àquela equipa, como forma de beneficiar a sua própria.
Afinal, que tem de tão estimulante o horseball? “Adrenalina!”, entusiasmam-se todos quando respondem. Velocidade, capacidade de arranque e de travagem, é o que se pede ao jogador de horseball e à sua montada, tudo conseguido sem o recurso a rédeas, chicote ou bastão. Só o toque das pernas dá instruções. As mãos querem-se livres para o que faz ganhar jogos: alcançar a bola e marcar pontos. “Por isso eles [horseballistas] dizem que o Horseball é mais exigente do que o Pólo”, afirma Eduarda Paisano. A sintonia entre equídeo e cavaleiro tem de ser perfeita. “Em campo, o cavalo é equivalente às pernas do jogador. Um sem o outro não fazem nada”, diz Pedro Serrano. “É um jogo extremamente exigente, em termos musculares, articulares, de respiração. Obriga que os cavaleiros sejam atletas e os cavalos também”, afirma Eduarda Paisano. “Uma partida tem vinte minutos, um intervalo de três. No fim do primeiro tempo, cavalos e jogadores estão estoirados”. Compreensível, considerando que uma montada demora cerca de seis segundos a percorrer um campo regulamentar, cujas medidas ideais são 65 por 25 metros. Para evitar acidentes, os oito jogadores em jogo e o próprio árbitro têm de correr sempre paralelos. Mudanças de direcção só são permitidas nas cabeceiras do terreno, junto às balizas, aros com um metro de diâmetro, a uma altura de 3,5 m do chão. É por ali que tem de passar a bola, envolta em seis correias de couro que permitem aos jogadores arremessá-la, agarrá-la, no ar ou no chão. A ramassage (acto de recolher a bola do solo sem desmontar) é talvez o exercício visualmente mais impressionante desta modalidade. Cavalgar em pé nos estribos até parece fácil, quando comparado com aquele inclinar de corpo, braço esticado em direcção ao chão, cavalo a galope e bola novamente no ar. “Não, eles não ficam de cabeça para baixo”, sorri Eduarda. “Numa ramassage tecnicamente bem feita, quando muito, a cabeça fica ao nível do joelho”. Seja mas, embora não haja conhecimento de acidentes graves no horseball, nem por isso o gesto perde o ar de acrobacia.

Desde sempre o homem gostou de confrontos a cavalo. Nas pampas argentinas, há centenas de anos que o Pato é praticado. Duas quadrilhas de homens a cavalo em disputa por um pato, encarcerado numa saca de serapilheira, com as asas de fora, para facilitar ser agarrado. A desventurada ave terá vindo a ser substituída por uma bola. É essa prática que em 1930 um campeão de saltos de obstáculos a cavalo, o Capitão Clave, faz chegar a França como treino de sela. Com as adaptações necessárias, ao longo dos anos o novo exercício é adoptado para tornar mais lúdico o ensino da equitação. A sua divulgação, já com a designação de Horseball, ultrapassa fronteiras. Em 1988, Portugal assiste à primeira exibição da modalidade. País de cavalos, cavaleiros e bola, a lusa nação não lhe vira costas. A fusão de um jogo de equipa com a equitação, desporto por norma solitário, é aliciante. Em 1989 o número de praticantes já permite a organização de um torneio entre três equipas: Centro Equestre Lezíria Grande, Escola de Equitação Fernando Ralão e Horseball Club (HC), na altura na Quinta da Granja, actualmente HC-CVG, são as pioneiras. Hoje, disputam-se três campeonatos nacionais com 16 equipas participantes e, pela oitava vez em treze anos, a selecção portuguesa é vice campeã da Europa. À sua frente, só a França.
Quando a intenção é falar de divulgação e ensino do horseball em Portugal o nome de Francisco Campeão é incontornável. Instrutor de equitação, habituado a ensinar crianças, para Campeão a modalidade “veio funcionar como uma ferramenta de trabalho” porque, “depois de passar o volteio, a aprendizagem é uma ‘seca’ para os miúdos. Muito longa e monótona.” Fundador do HC, foi da sua prática com classes jovens que nasceram ideias mais adaptadas às necessidades dos miúdos, como a utilização da bola número 2 e a alteração do formato do stick, utilizado para ensinar os póneis a andar. A troca de experiências e o contacto constantes com Jean Paul Depons um dos principais entusiastas da modalidade em França, levaram a que essas alterações fossem inscritas nas regras internacionais do ensino da modalidade.
Fala-se de crianças porque é essencialmente nelas que Francisco Campeão investe. “Embora se possa começar a praticar horseball em qualquer idade, desde que se esteja a montar bem”, há 15 anos o seu lema tem sido: “vamos apostar nos mais novos para daqui a uns anos termos óptimos jogadores adultos”. No SCP/CEJC, é o próprio João Cardiga, responsável do Centro Equestre, quem diz: “o Horseball começou em minha casa em 1993, pela mão do Francisco Campeão”. O método, ao qual não é alheia a ascendência britânica de Campeão, consiste na utilização dos póneis Shetland que, explica Eduarda Paisano, “são peluches vivos, ao tamanho dos miúdos, que conseguem escová-los, aparelhar, dar banho, montar e desmontar sozinhos. Vão desenvolvendo o equilíbrio, o movimento animal, o respeito pelo cavalo e, quando crescem, aumenta o tamanho da montada”. Não será concerteza coincidência que as equipas presentes na final da Taça de Horseball de Portugal sejam as únicas que têm escalões de formação, e ambas nos mesmos moldes.
No SCP/CEJC, a formação é também feita de forma continuada, com um corpo técnico constituído por João Cardiga e dois treinadores, um para os seniores, outro para as categorias mais jovens. É André Ponces de Carvalho, o treinador dos seniores, quem afirma: “há aqui uma mecânica muito grande, que é o diálogo entre estes 3 técnicos. Assisto muitas vezes aos treinos dos escalões jovens, até porque um dia mais tarde vou herdar jogadores desse escalão”. Sobretudo, “falamos todos a uma voz, queremos ter uma imagem de equipa, e essa imagem começa logo a construir-se na formação”.

“Veterinário às oito”. A palavra passara de boca em boca ou pelo telemóvel. “Quer fazer já a fotografia dos vencedores da Taça?” João Tiago Ribas ri-se com toda a equipa do SCP/CEJC, em pose e confiantes no triunfo. Antes da final, nem por um momento o capitão da equipa sportinguista parece duvidar da vitória. Os jogadores do HC-CVG mantêm a sua postura calma e sorridente.
Ponces de Carvalho já puxou toda a equipa para um canto, em conversa vedada a qualquer intruso: “há momentos que são só nossos. É um momento de concentração, um momento místico. É ali que começa a nascer o bichinho para entrarmos em campo”. Equipas e apoiantes ocupam-se com a preparação das montadas, os jogadores exercitam os músculos e fazem o “aquecimento de chão”.
Transpor as poucas centenas de metros que separam as boxes dos equídeos do picadeiro central assume proporções de audácia. As equipas atingem o local perante a indiferença da multidão que se pressente mais inebriada pelo aroma dos grelhados e anúncios dos vendedores ambulantes do que por questões equestres. Nem o facto de se disputar a Taça de Portugal de Horseball confere aos jogadores privilégios particulares. Os animais aquecem na manga, o corredor em torno do picadeiro central, indiferenciados, entre o passeio de póneis, charretes, trajes de equitação à portuguesa. Quando os portões do campo se abrem, a entrada está longe de ser apoteótica. “Quem vir os equipamentos, pensa que é um Benfica/Sporting”, ouve-se. Mas a paixão clubística parece não morar ali e, apesar de considerável, o público tarda em dar mostras de entusiasmo. Nem o esforço do locutor de serviço, que empresta à voz o tom de festa, aparenta surtir qualquer efeito.
O HC-CVG parece ter entrado para ganhar. O SCP/CEJC aparenta nervosismo e dificuldade de organização para um ataque eficaz. Um dos jogadores de verde e branco cai. O cavalo levanta-se, deixa o cavaleiro junto à baliza, sai disparado para a lateral do campo. Treinador e veterinária do HC-CVG, ajudam a agarrar o animal fugitivo. Pelo gesto, a veterinária encoraja o jogador da equipa adversária. O jogo pára. Só assim o atleta pode entrar em campo. Tudo regressa rapidamente à normalidade. Intervalo.
Os cavalos são refrescados, os treinadores ouvidos, muda-se de campo. É um Sporting renovado que entra na segunda parte. O que disse André Ponces de Carvalho à equipa, manter-se-á secreto. “Zanguei-me muito com eles e acho que lhes toquei num ponto fundamental que é o ego. Sou exímio a tocar no ego das pessoas quando é preciso”. Fosse qual fosse o argumento utilizado, o SCP/CEJC dá a volta ao resultado no início da segunda parte. Findos os vinte minutos de jogo a taça, pelo segundo ano consecutivo, passa de mão em mão entre os jogadores do Sporting. Longe do ar que lhe é natural, é um João Cardiga austero que a recebe no fim. A emoção, esconde-a no ombro de cada jogador abraçado.
Após a vitória, Ponces de Carvalho afirmou: “Eu não queria dizer isto, porque se calhar vai ser publicado, mas disse-lhes, antes de iniciarmos as meias-finais da taça: se ganharmos a meia-final, quer dizer que estamos na final e, se ganharmos a final, garanto-vos que durante 2 anos não perdemos um jogo de competições oficiais. Portanto, acho que diz tudo”.
Nos dias 3 e 4 de Fevereiro, as mesmas equipas que disputaram a final da Taça de Portugal, irão lutar pela Super Taça Diogo Santos, no picadeiro coberto da Sociedade Hípica Portuguesa, no Hipódromo do Campo Grande, em Lisboa.
Notícias de Sábado #56 - 03 Fevereiro 2007